“A Ortodoxia manifesta-se, não dá prova de si”

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"Atelier Ortodoxo São Lucas"


O “Atelier Ortodoxo São Lucas” - centro de arte iconográfica no Brasil - é um orgão da Eparquia Ortodoxa do Brasil – ligada canonicamente à Igreja Ortodoxa Autocéfala da Polônia.

Trabalhamos com a bênção e o incentivo de nosso Hierarca, Sua Exa. Revma. Sr. D. Chrisóstomo, Arcebispo Ortodoxo do Rio de Janeiro e Olinda-Recife.

Produzimos ícones “escritos” segundo a técnica tradicional bizantina, pinturas murais religiosas (segundo a técnica de seco), mosaicos com material natural e industrializado e ovos decorativos em madeira, gesso e matéria animal, com base na tradição ucraniana “Pyssanka”. No presente, trabalhamos com a produção de ícones “escritos” e ovos decorativos, aceitando projetos a serem desenvolvidos para as pinturas murais. O trabalho de mosaico ainda está em processo de aprimoramento.

Contato:
ateliersaolucas@iconart.com.br

Em breve nosso catálogo e maiores informações estarão disponíveis no endereço: iconart.com.br


Consórcio de Ícones do "Atelier Ortodoxo São Lucas"

No domingo, 18 de outubro, foi entregue o 1º ícone do consorcio promovido pelo "Atelier Ortodoxo São Lucas" - São João Batista, o Precursor.

Iº Workshop de Grafismo Iconográfico para jovens e crianças"


Festa da paróquia de Santa Zenaide

Foi comemorado no último domingo a Festa da Paróquia de Santa Zenaide do Patriarcado da Rússia, em Santa Teresa, Rio de Janeiro. Estiveram presentes o Arcipreste Anatoly da Paróquia de São Sérgio de Radonéz (Patriarcado da Rússia em Porto Alegre) que presidiu a Liturgia, o Arcipreste Tercílio, o Padre Marcos da Catedral da Santíssima Virgem Maria (Igreja da Polônia), o Padre Vassily, reitor de Santa Zenaíde e a presença ilustre do Padre Dimitris, da Paróquia de Santo André do Patriarcado Ecumênico e da monja Rebeca, além de dezenas de fiéis e convidados. Após a Liturgia, Te-déum com procissão. Na confraternização que se sucedeu, foi oferecido um ágape pela comunidade local.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"Sobre a evidente vinda de Deus"

Nosso Deus virá e não manterá silêncio (Salmo 50:3)

A vocação de um comandante é diferente da de um juiz. O comandante não se mostra logo ao inimigo, mas permite que o inimigo pense o que quer dele, pois o principal objetivo do comandante é conquistar. O juiz, por sua vez, mostra-se logo àqueles que ele tem que julgar

Também, a vocação de um professor é diferente da do juiz. Para o professor, o principal objetivo é ensinar seus pupilos. Eis por que ele se pôs ao nível de seus alunos e fala com eles como amigo. Um juiz, entretanto, do começo ao fim, está fadado a mostrar-se apenas como um juiz.

A vocação de um médico é diferente da de um juiz, e a diferença entre elas pode ser comparado aos dois casos mencionados acima.

Irmãos, Deus apareceu ao mundo no corpo de um homem. Revelou-Se como Comandante, como Mestre e como Médico. Mas, não ainda como Juiz. No primeiro caso, decidiu permanecer em silêncio e não expressar abertamente Sua grandessíssima dignidade, mas permitiu, pelo contrário, que Seus inimigos, pupilos e pacientes fizessem seus julgamentos a respeito d’Ele pelo que conheciam. Aqueles que acertaram no julgamento O conheceriam como Deus na carne pela evidência de Suas palavras, Suas obras, Seu amor pela humanidade e pelos sinais divinos de Seu nascimento, Crucificação, Ressurreição e Ascensão. Todavia, aqueles cujas mentes estão obscurecidas pelas paixões malignas não O reconheceram, nem O aclamaram como Deus. Porém, quando Ele vier como Juiz, então ninguém perguntará “Tu és Ele?” ou “Quem és Tu?”, porque todos saberão, sem dúvida, Quem Ele é. Os anjos tocarão as trombetas diante d’Ele, Sua Cruz fulgurará nos céus diante d’Ele: Um fogo O antecede e consome Seus inimigos ao redor (Salmo 97: 3). Então, tanto o crente como o incrédulo, o justo quanto o injusto, reconhecerá o Juiz. Neste momento, somente os que O reconheceram de antemão como Deus, na caverna e na Cruz, alegrar-se-ão. Verdadeiramente, ficarão alegres, pois reconhecerão no Juiz Aquele por Quem eles lutaram guerras, de Quem eles aprenderam e por Quem foram curados

Graciosíssimo Salvador, tem piedade de nós e põe-nos de pé diante de Tua Segunda Vinda

A Ti, sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ssobre Deus Espírito Santo, o Glorificador "

Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar (João 16:14).

O Espírito Santo é igual ao Pai e ao Filho em poder. Tudo o que o Pai pode fazer, o Filho pode fazer, e também o Espírito Santo o pode. Tudo o que o Pai sabe, o Filho sabe, e também o sabe o Espírito Santo. Mas, de acordo com o amor infinito de Um pelo Outro e a Sua sabedoria infinita acerca da dispensação da salvação do homem, Eles aparecem aos homens Um de cada vez, do ponto de vista temporal. Como o Pai glorifica o Filho, assim o Filho glorifica o Pai e o Espírito Santo glorifica o Filho. Ele Me glorificará. O Filho não glorificou a Si mesmo? Sim, Ele o fez, mas não na medida em que poderia tê-lo feito; antes o fez apenas na medida em que os homens daquele tempo poderiam recebê-lo e suportá-lo. A seu tempo, o Espírito Santo revelará uma glória ainda maior do Filho de Deus, quando Ele, o Onigracioso, encher os fiéis com Seus dons da graça. Ele Me glorificará. Irmãos, o Senhor também fala essas palavras como uma lição para nós, para que, caso façamos alguma boa obra, deixemos que outros nos glorifiquem e não busquemos glorificarmo-nos a nós mesmos. Porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar.

Com essas palavras, o Senhor revelou a unidade do Espírito de Deus com Ele, e não a subordinação do Espírito. Antes Ele dissera: Ele vos guiará em toda a verdade (João 16:13). Para que os discípulos não pensassem que o Espírito sabe mais da verdade do que o Filho, ou que o Espírito é maior do que o Filho, Ele revelou que o Espírito há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar. O Cristo era capaz de guiar os discípulos em toda a verdade, mas àquela altura os discípulos não estavam preparados para receber toda a verdade. Portanto, o Espírito Santo os guiará em toda verdade, no tempo oportuno. E contudo, ao revelar-lhes toda a verdade, o Espírito não revelará nada que não seja conhecido pelo Filho, e muito menos alguma coisa que seja contrária ao conhecimento e à vontade do Filho. É por isso que o Senhor disse: Porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar.

Ó unidade maravilhosa da Santa Trindade, ó poder da Chama Triuna, luz e amor de um só e mesmo fogo! Ó Santa e Santíssima Trindade, acende o amor divino em nossos corações.

Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.

Santa igual aos Apóstolos, Tecla, a Protomártir de Icônio (Séc.I)

Tecla nasceu em Icônio, de pais eminentes, mas pagãos. Aos dezoito anos, tornou-se noiva de um jovem, na mesma época em que o Apóstolo Paulo chegou em Icônio com Barnabé para pregar o Evangelho. Ouvindo o testemunho de Paulo por três dias e três noites, Tecla se converteu à Fé Cristã e fez voto de viver em virgindade. Sua mãe, ao ver que ela agora ignorava seu noivo e não pensava mais em casamento, tentou dissuadi-la; mais tarde a espancou e a torturou por meio da fome. Enfim, essa mãe pérfida entregou Tecla ao juiz e exigiu que Tecla fosse queimada. O juiz a lançou ao fogo, mas Deus a conservou incólume. Depois disso, Tecla seguiu o Apóstolo Paulo e foi a Antioquia com ele. Atraído pela beleza exterior de Tecla, um certo ancião da cidade quis tomá-la para si a força, mas Tecla escapou de suas mãos. O velho pagão a denunciou ao eparca como uma cristã que desprezava o casamento. O eparca a condenou à morte e fez com que fosse lançada às feras selvagens; mas as feras selvagens não tocaram o corpo dessa virgem santa. Assombrado com isso, o eparca lhe perguntou: "Quem és tu e que espécie de poder habita em ti, que nada consegue te fazer mal?" Tecla respondeu: "Sou uma serva do Deus Vivo." O eparca então a libertou e ela partiu para pregar o Evangelho. Conseguiu converter muitos à verdadeira Fé, entre os quais Trífena, viúva proeminente e honrada. Mais tarde, com as bençãos do Apóstolo Paulo, ela partiu para um lugar isolado perto de Selêucia. Ali viveu por longo tempo uma vida de ascetismo e, por curar os doentes com um poder miraculoso, converteu muitos ao Cristianismo. Os médicos e adivinhos de Selêucida tinham inveja dela e enviaram alguns jovens para a deflorarem, esperando que a perda de sua virgindade significasse também a perda de seu poder miraculoso. Tecla fugiu desses jovens arrogantes, mas quando estavam prestes a apanhá-la, rogou a Deus por socorro. Uma grande rocha se abriu e ocultou essa santa virgem e noiva do Cristo. Essa rocha foi o seu refúgio e a sua sepultura. Dessa maravilhosa heroína e santa cristã, São João Crisóstomo diz: "Parece-me quase que vejo essa bendita virgem: numa mão ela oferece a Cristo a virgindade e, na outra, o martírio."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

“Sobre a divindade do Filho e Sua unidade de Essência com o Pai”

Quem Me vê a Mim vê o Pai (João 14:9)

Disse-Lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta (João 14:8). A essas palavras o Senhor Jesus replicou: Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe? Quem Me vê a Mim vê o Pai (João 14:9). Assim respondeu o Senhor a Seu discípulo. Filipe queria ver Deus com seus olhos corporais. E contudo, por três anos olhara para o Cristo e não O reconhecera como Deus. Por quê? Porque antes da descida do Espírito Santo Filipe olhava com o corpo para o corpo. Em outras palavras, percebia com olhos corporais e via o Senhor Jesus Cristo como um homem. Não vira ainda a divindade no Filho de Deus Encarnado, e já desejava ver Deus Pai! Quem Me vê a Mim vê o Pai. Com isso o Senhor não quis dizer que era Deus Pai, mas que Ele e o Pai são de uma só Essência. Tanto quanto pôde Deus Se revelar aos homens, revelou-Se através do Filho, que apareceu aos homens como homem. Deus Pai não Se fez encarnado; Deus Espírito Santo não Se fez encarnado; mas Deus Filho Se fez encarnado. Como é que Ele poderia então mostrar Seu Pai aos olhos corporais de um homem mortal? É precisamente por isso que o Filho Se fez encarnado, para revelar-Se aos homens -- revelar a Si mesmo, ao Pai e ao Espírito Santo: unidade consubstancial, em três Pessoas. Quem Me vê a Mim vê o Pai. Aqui o Senhor fala de Sua natureza divina. Nela Ele é completamente igual e de uma só Essência com o Pai. Tanto é assim que se Felipe tivesse percebido a natureza divina do Cristo, não teria feito o pedido: Mostra-nos o Pai. Naturalmente, ele não poderia ter visto a natureza divina, pois que ela é espiritual e invisível; mas poderia ver – e ver claramente – as grandes obras do Cristo como uma manifestação de Sua natureza divina. Irmãos, até hoje alguns homens dizem "Mostrai-nos Deus, e acreditaremos!" Deveríamos dizer-lhes: "Eis que vos mostramos o Senhor Jesus, crede!" "Estou há dezenove séculos convosco, e não Me tendes reconhecido, ó homens?" Dezenove séculos repletos de Sua glória, milagres, poder, graça, misericórdia, santos e mártires! E há ainda estultos que perguntam: "Onde está Deus?"

Ó Senhor Cristo nosso Deus, abre os olhos espirituais daqueles que ainda não vêem, para que possam ver a majestade de Tua glória.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.

domingo, 4 de outubro de 2009

OrtoFoto

Simonos Petra Monastery, Athos
autor: Daniel Enache

“Sobre o único Caminho, Verdade e Vida"

Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim (João 14:6).

Irmãos, essas palavras não foram somente ditas, mas foram embebidas com sangue, confirmadas pela Ressurreição, instiladas pelo Espírito Santo nos corações dos fiéis e comprovadas reiteradamente pela Igreja durante os séculos dos séculos. De todos os tesouros da terra, o que os homens mais amam é a vida – amam-na mais do que à verdade, a despeito de não haver vida sem verdade. Assim, o mais alto bem é a vida, mas a verdade é o fundamento da vida. Quem ama a vida, também tem que amar a verdade. Mas onde está o caminho para a verdade? O Nosso Senhor diz: Eu sou o Caminho. Ele não disse "Eu sou um caminho", para que ninguém pensasse haver um outro caminho para a verdade além do Senhor Jesus. E Ele não é apenas o Caminho, mas também a Verdade e a Vida, para que ninguém pensasse haver alguma outra verdade e alguma outra vida além do Senhor Jesus. Para isso é que Ele nasceu como homem: para mostrar aos homens o caminho. Para isso é que Ele foi crucificado: para marcar o caminho com o Seu sangue. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim. Isso se dirige àqueles que enganam a si mesmos pensando que podem conhecer Deus e adquirir o Reino de Deus sem o Senhor Jesus Cristo. Com aquelas palavras o Senhor afastou completamente essa falsa esperança e auto-engano desesperado. O apóstolo que ouviu e escreveu essas palavras no Evangelho as exprimiu em sua Epístola desse modo: Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai (I João 2: 23).

Ó Bendito Senhor Jesus Cristo, Fonte de todas as bênçãos, verdadeiramente és para nós o único Caminho, a única Luz, a única Verdade, a única Vida e Vivificador. Reconhecemos-Te perante os homens e os anjos como nosso único Deus e Salvador. Tem piedade de nós e salva-nos.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.

sábado, 3 de outubro de 2009

OrtoFoto

Polônia
autor: Arkadiusz

“Sobre o sofrimento do Cristo”

Agora a Minha alma está perturbada; e que direi Eu? "Pai, salva-Me desta hora"? Mas para isto vim a esta hora (João 12: 27).

Nada mais real veio a este mundo terreno do que o Senhor Jesus Cristo: nada mais real enquanto Deus e nada mais real enquanto homem. Em verdade, perante Jesus Cristo, este mundo inteiro é como uma miragem. Nem a terra, nem a água, nem o ar, nem a luz sequer chegam perto de Sua realidade. Eis que tudo isso passará, mas Ele permanecerá. De fato, Ele é a pedra fundamental do mundo eterno e imperecível; e somente Ele e aqueles que se apegarem a Ele tomarão parte nessa realidade eterna e imperecível. As tumultuosas mas impotentes ondas do tempo furiosamente assaltaram (e continuam a assaltar) a realidade da divindade do Cristo e até da Sua humanidade. Assim como muito esforço foi necessário para que os cristãos abrissem os olhos dos pagãos e provassem a Divindade do Cristo, tanto foi igualmente necessário para abrir os olhos dos hereges e provar a Sua humanidade. O onisciente Espírito Santo previu isso e, através dos Evangelistas, preparou as armas dos guerreiros cristãos. Agora a Minha alma está perturbada. Sentiria o Senhor aflições, se não fosse um verdadeiro homem, sujeito a todas as fraquezas da natureza física, exceto o pecado? E Ele haveria de sentir não apenas aflição, mas também medo: Pai, salva-Me desta hora! Isso é dito pela fraca natureza humana que teme a morte (pois se refere à morte). Entretanto, Sua natureza humana não era pecaminosa, mas impecável, pois nosso Senhor imediatamente acrescenta: Mas para isto vim a esta hora. Vedes quão importante é a morte de Cristo? Por ela é que somos redimidos e por ela é que somos salvos. Portanto, que ninguém pare nos ensinamentos de Cristo; mas, antes, dirija-se ao Gólgota e contemple com horror o sacrifício sangrento na Cruz, que foi oferecido pelos nossos pecados, pela nossa salvação das imundas mandíbulas da serpente do hades.

Ó Senhor Jesus Cristo, que sofreste por nós e pela nossa salvação, tem piedade de nós, agora e sempre.

A Ti sejam a glória e o louvor para sempre. Amém.

Mártires, Eustáquio (ou Plácido), sua esposa, Teopista, e seus filhos Agápio e Teopisto, de Roma (+c.118)

Eustáquio foi um grande general romano durante os reinados dos Imperadores Tito e Trajano. Embora fosse pagão, Plácidas (pois esse era seu nome pagão) era um homem justo e misericordioso, semelhante a Cornélio, o Centurião, que foi batizado pelo Apóstolo Pedro (Atos 10). Certo dia, numa caçada, ele perseguia um veado. Pela Providência Divina, uma cruz apareceu entre os chifres do veado e a voz do Senhor veio a Plácido, ordenando-lhe que fosse ter com um sacerdote cristão e recebesse o batismo. Plácido foi batizado, junto com sua mulher e dois filhos. No batismo, recebeu o nome de Eustáquio; sua mulher, o de Teopista ("fiel a Deus"); e seus dois filhos, Agápio e Teopisto. Depois de batizado, voltou ao lugar em que tivera a revelação do veado e, de joelhos, deu graças a Deus por ter-lhe trazido à verdade. Nesse instante, mais uma vez a voz do Senhor se lhe manifestou, predisse-lhe que sofreria por Seu Nome e o encorajou. Então Eustáquio deixou Roma em segredo com a família, com a intenção de se esconder entre a gente simples e servir a Deus em ambientes humildes e desconhecidos. Chegando ao Egito, foi imediatamente acossado por provações. Um bárbaro mau raptou a sua mulher e os dois filhos foram capturados por feras selvagens e levados embora. Entretanto, o bárbaro logo perdeu a vida e os filhos foram salvos das feras selvagens por pastores. Eustáquio se estabeleceu na aldeia egípcia de Vadisis, onde viveu por quinze anos como trabalhador assalariado. A essa altura bárbaros atacaram o Império Romano e o Imperador Trajano deplorou não ter consigo o bravo General Plácido, que conseguira a vitória por todas as partes em que lutara. O Imperador enviou dois de seus oficiais para vasculhar o império inteiro em busca do grande comandante. Pela Providência de Deus, esses oficiais (que haviam sido outrora companheiros de Eustáquio) chegaram à aldeia de Vadisis, encontraram Eustáquio e levaram-no de volta ao Imperador. Eustáquio reuniu um exército e derrotou os bárbaros. No caminho de volta para Roma Estácio encontrou sua mulher e seus dois filhos. Nesse ínterim, o Imperador Trajano morrera e o Imperador Adriano ocupava o trono. Quando Adriano convocou o General Estácio para oferecer sacrifícios aos deuses, Estácio se recusou, declarando ser cristão. O imperador submeteu-lhe a ele, sua mulher e filhos às torturas. Foram lançados às feras selvagens, mas isso não lhes fez mal algum. Então foram enfiados dentro de um boi de metal oco e incandescente. Ao terceiro dia seus corpos mortos foram removidos, mas não haviam sido lesados pelo fogo. Assim, esse glorioso comandante deu a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Lucas 20:25) e tomou posse de sua morada no Reino Eterno do Cristo, nosso Deus.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

OrtoFoto

Grécia
autor: m.stefanovic